HISTÓRICO

A partir dos anos 90 o município passa por diversas ondas de manifestações culturais urbanas, documentos da Fundação Cultural de Balneário Camboriú de 2005 descrevem o potencial do município como uma galeria “A Céu Aberto”. A ideia de criação de um museu ganha forma em 2021, onde a cidade com seus elementos artísticos passa a ser vista como um espaço propício para o desenvolvimento de ações museológicas.

Em 1972, a mesa redonda de Santiago do Chile formaliza o alargamento na noção do conceito de museu, onde o mesmo passa a ser proposto como um instrumento de transformação social, que além das suas ações de salvaguarda,  promove movimentos direcionados à comunidade, envolvendo questões sociais. 

“O diálogo entre território, museu e sociedade aciona a possibilidade de uma museologia que, ancorada no social, crítica e se aplica na transformação dos museus; compreende o território como espaço socialmente construído e que os museus não são apenas representações da sociedade, são também projetos, sonhos e desejos de outro mundo, quiçá de um mundo melhor; sendo construções, eles também são construtores de realidades e de subjetividades individuais e coletivas.”

(CHAGAS, M. S. ; PIRES, 2014, p. 290)

O Museu a Céu Aberto, vem na expectativa de quebrar paradigmas, rompendo com visões retrógradas sobre a instituição Museu. Quem prospecta o futuro é o museu, a partir da compreensão de quem somos.

Mantido pela Fundação Cultural de Balneário Camboriú, o Museu a Céu Aberto nasce da idealização da cidade como um território para a livre criação, carregada de valores tradicionais, mas aberta à inovação. No cotidiano da cidade é perceptível as manifestações de arte em espaço urbano, tanto clássicas, como esculturas em mármore e bronze, quanto contemporâneas, como grandes pinturas murais e grafites.

Homologado pela lei nº 4.634 em 9 de maio de 2022, a instituição trabalha sobre o recorte temático das diversas formas existentes de arte no espaço urbano, buscando através de práticas museológicas democratizar o acesso à arte, educação e lazer, promovendo novas práticas simbólicas de uso dos espaços públicos, buscando romper barreiras espaciais de acesso à cultura e se tornando uma ferramenta de transformação social.