Balneário Camboriú cria a primeira Câmara Setorial de Cultura Alimentar de SC

Nesta segunda-feira, 17, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú (FCBC) recebe um grupo de gastrônomos, produtores e comerciantes de alimentos orgânicos e integrais, historiadores e apreciadores da culinária com identidade cultural. Este será o segundo encontro deste grupo que no último dia 10 participou de debate sobre o tema com a presença de Edna Marajoara, membro do Conselho Nacional de Cultura.

Além de Edna, estiveram no primeiro debate representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inclusão Social/BC,  do movimento Slow Food/SC, do Ponto de Cultura Engenhos de Farinha de Florianópolis, dos conselhos de Segurança Alimentar do Estado de Santa Catarina e de Balneário Camboriú, nutricionista, assistente social, comerciantes, arquiteta e urbanista e membros da Associação Quilombola do Morro do Boi. “Avançamos bastante com o debate sobre a alimentação como parte indissociável do universo de saberes que compõe a cultura popular. Na reunião desta segunda vamos dar início ao processo de criação da Câmara Setorial de Cultura Alimentar, a qual fará parte no Sistema Municipal de Cultura, ao lado das demais oito câmaras já em atividade”, comemora Anderson Beluzzo, presidente da FCBC.  Segundo os membros do grupo que têm percorrido Santa Catarina na divulgação de seus movimentos, Balneário Camboriú sai na frente no que se refere à implantação deste setorial, conforme preconiza o Ministério da Cultura (MinC).

O que é Slow Food?

O movimento Slow Food está no Brasil há cerca de 10 anos e tem como filosofia de que todos têm o direito fundamental ao prazer de comer bem e, por isso, a responsabilidade de defender a herança culinária, as tradições e culturas que tornam possível esse prazer. O Slow Food segue o conceito da ecogastronomia.

Bom, limpo e justo. É assim que o movimento acredita que deva ser o alimento. “O alimento que comemos deve ter bom sabor; deve ser cultivado de maneira limpa, sem prejudicar nossa saúde, o meio ambiente ou os animais; e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho. Somos co-produtores e não simples consumidores, pois tendo informação sobre como nosso alimento é produzido e apoiando efetivamente os produtores, nos tornamos parceiros no processo de produção”, dizem os coordenadores nacionais no site www.slowfoodbrasil.com.

Os grupos de Slow Food do Brasil são chamados de ‘convivium’, palavra latina que significa entretenimento, festim, banquete. Os convívios brasileiros articulam relações com os produtores, fazem campanhas para proteger alimentos tradicionais, organizam degustações e palestras, encorajam os chefs a usar alimentos regionais, indicam produtores para participar em eventos internacionais e lutam para levar a educação do gosto às escolas. E, o mais importante: cultivam o gosto ao prazer e à qualidade de vida no dia-a-dia.

Em Balneário Camboriú, o Convivium Mata Atlântica desenvolve projetos e já tem um grupo de membros bastante eclético representando a sociedade local. Saiba mais em: www.mataatlanticaslow.org.

Mais informações
FCBC – (47) 3366.5325, das 13h às 19h

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