A data é lembrada há décadas no Brasil e em 10 de novembro de 2011, a presidenta Dilma Roussef sancionou a lei 12.519 que oficializou 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Para marcar as comemorações, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú apoiou, no último domingo, a realização do Encontro no Quilombo, viabilizando as apresentações dos grupos Catumbi, de Itapocu e Maracatu, de Itajaí, no evento na Comunidade Quilombola do Borro do Boi.
O tema também foi discutido no Fórum Microrregional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana promovido no dia 22 de outubro, na Casa dos Conselhos, que ampliou o debate sobre a igualdade racial e pelo reconhecimento e valorização dos povos de terreiros. O principal encaminhamento deste Fórum foi a criação de uma comissão que vai tratar da instituição do Conselho Municipal pela Promoção da Igualdade Racial de Balneário Camboriú.
Cronologia
(texto de Fernando Correia da Silva, em planalto.gov.br)
1600: Negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de açúcar de Pernambuco, fundam na serra da Barriga o quilombo de Palmares; a população não para de aumentar, chegarão a ser 30 mil; para os escravos, Palmares é a Terra da Promissão.
1630: Os holandeses invadem o Nordeste brasileiro.
1644: Tal como antes falharam os portugueses, os holandeses falham a tentativa de aniquilar o quilombo de Palmares.
1654: Os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro.
1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares.
1662: Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados e dado ao padre António Melo; será batizado com o nome de Francisco, irá ajudar à missa e estudar português e latim. 1670: Zumbi foge, regressa a Palmares.
1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar.
1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessa a submissão do que a destruição de Palmares; ao chefe Ganga Zumba propõe a paz e a alforria para todos os quilombolas; Ganga Zumba aceita; Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos.
1680: Zumbi impera em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas.
1694: Apoiados pela artilharia, Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares; embora ferido, Zumbi consegue fugir.
1695/20 de novembro: Denunciado por um antigo companheiro, Zumbi é localizado, preso e degolado.